Presente na dieta dos brasileiros, o feijão é um dos produtos agrícolas mais consumidos no Brasil. Diante da demanda, acertar na colheita, considerada um ponto crítico da lavoura, é um passo importante para alcançar um ótimo resultado operacional e rendimento da colheita do feijão. E quais boas práticas adotar? Confira aqui.
Um dos pratos típicos do Brasil é o famoso arroz com feijão, que contribui para uma dieta equilibrada, nutritiva, mas também polêmica. Afinal, o feijão pode ir por cima, por baixo ou até ao lado do arroz.
Mas para compor esse prato, enraizado na nossa cultura, é preciso ter alguns cuidados com a produção do feijão, principalmente no momento de extração do grão do campo, ou seja, com o rendimento da colheita do feijão.
Por ser uma cultura de ciclo curto e com possibilidade de semeadura em três momentos diferentes do ano, o cultivo de feijão pode ser estratégico para os produtores que desejam aumentar a receita da fazenda, principalmente pensando em um produto para demanda interna.
Contudo, é importante ter em mente que o rendimento da colheita do feijão depende de uma série de fatores. Entre eles, destacam-se as características do feijoeiro e as boas práticas nesta etapa da produção, pensando na manutenção da qualidade do produto que chega à mesa do consumidor.
E como aproveitar diferentes técnicas para ter um bom rendimento na colheita do feijão? É exatamente esse o ponto que tratamos no texto a seguir, no qual você pode ver sobre os fatores que afetam a rentabilidade na colheita do feijão, a tendência da mecanização desses processos e os desafios da pós-colheita.
Rendimento da colheita do feijão: um processo que beneficia a economia nacional
Não é surpresa para ninguém que o feijão é um dos produtos agrícolas queridinhos do Brasil, bem como um dos mais consumidos também. No campo, o rendimento na colheita do feijão também reflete a importância cultural e econômica dessa cultura.
A produção brasileira de feijão está estipulada em 2,982 milhões de toneladas, com pequeno recuo de 0,2%, em comparação com a safra 21/22 em que foram colhidos 2,990 milhões de toneladas. Desde 2003, o Brasil lidera como maior produtor mundial de feijão, representando, na época, quase 17% da produção mundial do grão.
Além disso, o Brasil hoje já exporta feijão para outras localidades do mundo. Em 2022, 46.353 toneladas do feijão do tipo caupi, o famoso feijão-de-corda, foram exportados para os Estados Unidos, Afeganistão, Paquistão, Canadá e China, segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI).
Mas para produzir com qualidade e conseguir tanto atender a demanda interna, quanto exportar esse produto para o mundo, os produtores rurais brasileiros precisam estar atentos à produção, considerando os desafios do processo produtivo, como a colheita do feijão.
O rendimento na colheita do feijão começa pelo sistema de colheita
Qualquer desperdício ou erro na etapa de colheita pode levar a muitas perdas na cultura, seja do feijão ou em qualquer outra. Por isso, essa é uma das etapas mais importantes do processo produtivo.
Para uma colheita mais produtiva, não se pode deixar de pensar no sistema de colheita utilizado, que pode ser manual, semi mecanizado e mecanizado. É importante entender como o sistema de colheita facilita a operação e também preserva a qualidade dos grãos.
Além disso, algumas características da planta, particularidades do clima e do terreno podem dificultar a implementação de um sistema de colheita. Por isso, é ideal ter atenção aos detalhes e conhecimento sobre a lavoura para evitar atrasos e adotar uma boa dinâmica de colheita.
O que não pode faltar para ter mais rendimento na colheita do feijão
A produção é um processo em cadeia, ou seja, dependente de uma série de práticas e processos que levam ao alcance de um objetivo, que no caso é o máximo potencial produtivo da safra. Por isso, o rendimento da colheita do feijão é determinado por vários fatores da própria colheita e também das etapas que a antecedem.
Dessa forma, o acompanhamento do cultivo é indispensável. Mas, quando falamos do rendimento na colheita do feijão, alguns fatores importantes, que influenciam o resultado, são:
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Colher no momento certo
Parece óbvio dizer isso, mas, às vezes, o óbvio também precisa ser dito. Toda colheita só começa a partir da maturação fisiológica dos grãos, um processo que muitas vezes não é uniforme.
No caso do cultivo de feijão, a etapa de colheita se inicia do estádio fenológico R9, com a mudança na cor das vagens de verde para um tom mais amarronzado. Assim que esse ponto é atingido, o produtor rural começa a ter mais riscos na colheita e na qualidade do grão. Por isso, o planejamento da colheita deve estar pronto antes disso.
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Umidade das sementes
Junto do ponto de maturação está a umidade das sementes, como os fatores mais importantes para se alcançar uma boa rentabilidade na colheita do feijão. No caso do grão de feijão, a umidade para colheita varia conforme o tipo.
Em média, a umidade ideal do grão de feijão pode variar entre 15% e 16%, contudo esse percentual não é recomendado para o armazenamento.
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Dessecação pré-colheita
Nem sempre o cultivo tem uma maturação fisiológica uniforme. Quando o grão atinge sua maturação e acaba por passar desse ponto, os riscos de perda da sua qualidade e até mesmo de ataque de patógenos do campo são muito grandes.
Para o produtor rural evitar possíveis perdas e riscos de infestação, é muito comum realizar a dessecação pré-colheita, uma estratégia utilizada para uniformizar a maturação dos grãos e até mesmo antecipar a colheita.
A dessecação ocorre pelo uso de herbicida capaz de dissecar a cultura, essa estratégia pode ainda facilitar a colheita mecanizada e trazer uma proteção maior para a lavoura neste momento do cultivo.
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Arquitetura das plantas
A atenção aos detalhes faz muita diferença nos resultados da colheita e até mesmo na escolha de um sistema de colheita. Entre esses detalhes está a arquitetura das plantas. O porte e altura da planta podem interferir negativamente na colheita mecanizada.
Determinar a arquitetura da planta antes da colheita é essencial para saber qual estratégia adotar, além de ser fundamental para minimizar as perdas de grãos na colheita mecanizada.
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Inserção de máquinas no campo
Muito mais que empregar equipamentos e ferramentas no seu processo produtivo, é preciso fazer isso de maneira estratégica, para enfrentar os desafios da sua produção. Além de todos os cuidados mencionados anteriormente, o produtor rural deve pensar na inserção de máquinas no campo.
O emprego de máquinas agrícolas é importante para evitar as perdas na lavoura e tornar a colheita mais dinâmica, sendo necessário observar principalmente o tempo do feijão no campo, de modo a precaver-se da deterioração de sua qualidade.
Considerando as particularidades da colheita de feijão, a colheitadeira da linha CR da New Holland, marca parceira da Unapel, consegue entregar ótimo desempenho com maior estabilidade, possibilitando obter a melhor qualidade do produto agrícola.
Ela tem tecnologias embarcadas que contribuem para a sua operação, mesmo nos terrenos mais irregulares, permitindo uma maior precisão no controle da velocidade durante a operação e ainda possui um desempenho superior na trilha, separação e limpeza dos grãos.
Quais os cuidados necessários no armazenamento do feijão na pós-colheita?
Depois de uma extração dos grãos da lavoura bem-sucedida e com um melhor rendimento na colheita do feijão, chegou a hora da pós-colheita, mais especificamente do armazenamento para garantir a qualidade do produto. E como não perder os resultados no armazenamento?
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Atenção à umidade
No tópico anterior, você viu que a umidade de colheita pode variar entre 15% e 16%, contudo esse percentual pode trazer riscos de deterioração ao armazenar o produto. Por isso, a umidade de armazenamento do feijão varia entre 12% e 13%.
Dessa forma, a secagem do grão é uma prática muito comum para alcançar o percentual de umidade ideal para o armazenamento do produto agrícola, sendo aplicada em diversas culturas.
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Local de armazenamento
Não basta ter rendimento na colheita do feijão se o local de armazenamento não é adequado para receber o produto, dispondo de boa ventilação, sem umidade e estando higienizado. Ter um local de armazenamento apropriado é algo estratégico para o produtor rural.
Isso porque, com essa estrutura, é possível armazenar o seu produto para períodos com alta demanda e pouca oferta, o que valoriza o produto agrícola e permite uma comercialização mais fácil e rentável.
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Proliferação de patógenos
A proliferação de patógenos pode acontecer na etapa de armazenamento do produto agrícola, vindos principalmente da própria colheita. Por isso, a limpeza adequada da produção é essencial para evitar que situações como esta ocorram.
Além disso, o produtor rural pode procurar ajuda profissional para entender sobre a aplicação de produtos químicos no armazenamento, visando eliminar esses patógenos.
A rentabilidade na colheita do feijão é a soma de vários fatores
Os processos adotados ao longo do cultivo influenciam no resultado de uma lavoura. Não basta empregar as melhores práticas em apenas uma etapa da produção e achar que isso irá fazer a safra ser mais produtiva.
Por isso, o rendimento da colheita do feijão começa com uma boa semeadura e esses cuidados devem ser mantidos até a etapa final. Se você quer ter bons resultados, é preciso investir na sua lavoura.
Quer estar mais preparado e colher melhor com sua cultura de feijão? Então, você precisa conhecer a Unapel, marca parceira da New Holland, que traz para o agro nacional a tecnologia, a experiência acumulada e equipamentos que dão conta de diferentes desafios.
Ficou com alguma dúvida e quer saber mais? Então, venha conversar com a nossa equipe e descubra como o emprego de máquinas agrícolas pode te ajudar neste processo!
FONTES:
Aegro – https://blog.aegro.com.br/
Revista Campo e Negócios – https://revistacampoenegocios.com.br/
Embrapa – https://www.embrapa.br/
Yara Brasil – https://www.yarabrasil.com.br/
Mais agro – https://maisagro.syngenta.com.br/