O controle adequado de pragas que afetam as lavouras traz grandes ganhos para o produtor e influencia no desempenho da safra. Por isso, a adoção de um manejo integrado de pragas faz toda a diferença nos resultados da fazenda. Veja como fazer!
As pragas e outros fitopatógenos são uma preocupação constante para o produtor rural. Por não serem vistos facilmente a olho nu e serem silenciosos, o produtor rural precisa ficar constantemente atento aos sinais da lavoura.
Além disso, quando não controladas, as pragas causam inúmeros prejuízos, como a redução do potencial produtivo da safra e gastos que não estavam previstos. Existem práticas que controlam e previne a ocorrência de pragas e doenças na lavoura, que é o manejo integrado de pragas.
Com o incremento da tecnologia e investimento na ciência, já é possível ter mais eficiência no controle, além de encontrar alternativas ao uso de agroquímicos na lavoura. Para isso, os empreendedores do campo precisam fazer escolhas assertivas para o negócio.
Neste artigo, você conhecerá o manejo integrado de pragas (MIP), os benefícios, as estratégias de controle do MIP e recomendações importantes para deixar a sua fazenda muito mais protegida do surgimento dos fitopatógenos.
Afinal, o que é o manejo integrado de pragas (MIP)?
Você já avaliou o quanto as pragas e doenças podem afetar a sua plantação? E o quanto de lucratividade pode ser perdida com isso? Na plantação de algodão, por exemplo, o impacto na safra pode chegar a 40% caso as pragas não sejam bem controladas.
Essa é uma parcela considerável e se o produtor demora para perceber essa anomalia ou se a técnica utilizada não for eficiente, esse percentual pode ser ainda maior, comprometendo toda a safra.
Por isso, o manejo integrado de pragas reúne medidas ecológicas para garantir a prevenção dos fitopatógenos na lavoura. Além de reduzir os custos com tratamento, ele tem ação de controle e também o aumento do potencial produtivo.
Com o MIP não há uma prática única, pelo contrário, ele associa métodos de proteção e controle para obter uma melhor resposta, de acordo com as características do ambiente e dinâmica populacional do fitopatógeno.
Com isso, o nível populacional de pragas e doenças fica abaixo de qualquer risco econômico envolvido, e o produtor tem uma resposta mais efetiva ao tratamento de forma viável econômica e ambientalmente. O MIP pode ser aplicado em qualquer cultura!
Como é feita a contenção das pragas no MIP?
Quando uma praga surge na plantação, a primeira ação é aplicar agroquímicos para conter o crescimento populacional. Os agroquímicos são utilizados no campo há muito tempo e também oferecem boas respostas ao problema apresentado.
Mas está longe de ser a única alternativa, pois com todas as inovações que são aplicadas no agronegócio é possível encontrar maneiras mais econômicas e sustentáveis de resolver a situação.
No manejo integrado de pragas (MIP), como você viu anteriormente, não existe uma solução única, mas um conjunto de técnicas que diminuem os efeitos dos fitopatógenos na lavoura.
Entre essas alternativas, há o uso de controle biológico, produtos químicos com maior grau de segurança e também o uso da biotecnologia, que modifica a planta para oferecer maior resistência a pragas.
Por que aplicar o manejo integrado de pragas na sua fazenda?
Os agroquímicos são muito utilizados no controle dos fitopatógenos, mas a aplicação de forma indiscriminada pode causar problemas como a contaminação de alimentos e lençóis freáticos, resistência da praga ao produto e até mesmo a ineficiência do tratamento.
Por isso, o manejo integrado de pragas combina diferentes técnicas e consegue ser tão eficiente quanto os métodos mais tradicionais. Veja abaixo as vantagens de aplicá-lo na sua fazenda:
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Menor impacto ambiental
A constante preocupação com o meio ambiente e a saúde tem levado a uma série de mudanças na produção agrícola, desde a adoção de práticas sustentáveis e a elaboração de produtos à base de matérias orgânicas, até o crescimento do mercado de proteínas vegetais, por exemplo.
Em se tratando do controle de práticas, o MIP combina controle biológico, cultural e genético a fim de reduzir a população de pragas até que não causem mais danos. Com isso, diminui a dependência dos produtos químicos e, consequentemente, os riscos ambientais.
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Custos menores ao produtor
Reduzir os custos de produção agrícola é uma preocupação constante no campo. Afinal, quanto maior for o custo, menor será a margem de lucro com a safra. No controle de pragas feito com métodos tradicionais, utilizando agroquímicos, essa conta sai mais cara ao final do cultivo.
Por isso, com a aplicação do manejo integrado de pragas, o produtor consegue gastar menos e gerar economia no controle de pragas. Além disso, é possível ter uma redução na aplicação de defensivos, diminuindo os riscos de contaminação.
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Otimização das técnicas
Um dos piores cenários que pode ocorrer no uso exclusivo dos defensivos agrícolas é a praga desenvolver resistência ao produto. Mas, no MIP, essa situação não acontece, já que há uma combinação de técnicas distintas a fim de otimizá-las ao máximo.
No caso da aplicação de agroquímicos, ocorre também o uso estratégico desses produtos. Dessa forma ajuda no aumento da produtividade, tem maior sustentabilidade e preservação da biodiversidade.
Como funciona o Manejo Integrado de Pragas na prática?
Você viu até agora que o MIP é uma técnica estratégica que busca combinar tanto o ambiente quanto a dinâmica populacional no combate da praga, utilizando as ferramentas à disposição para chegar no melhor resultado de manejo.
Para isso, ele combina diferentes controles que são importantes entender para montar um plano bem estruturado. Veja as diferenças:
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Controle biológico
Neste tipo de controle, são introduzidos inimigos naturais da praga para diminuir a densidade populacional, podendo ser fungos, insetos e bactérias.
Essa é uma opção para o uso de inseticidas e, dependendo do tipo de pragas, é possível introduzir inimigos naturais presentes na área agrícola.
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Controle comportamental
Neste tipo de técnica, algumas armadilhas são empregadas para o controle populacional, bem como a utilização de feromônios que interrompem a redução. Esse método é muito eficiente no caso de besouros, cigarrinhas, moscas e outros insetos.
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Controle genético
Um dos métodos que vem se popularizando devido ao aprimoramento da ciência e biogenética no campo é o controle genético, responsável por tornar as culturas mais resistentes às pragas.
Em culturas como milho, soja e algodão já é possível encontrar plantas com resistência genética.
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Controle cultural
Sabe as boas práticas que você aplica na sua cultura? Além de aumentarem o potencial produtivo da sua fazenda, se bem feitas, elas também ajudam na prevenção de pragas no campo.
Rotação de culturas, manejo e preparação do solo, irrigação e época de plantio correto são ações simples que ajudam a retardar o aparecimento das pragas.
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Controle químico
Um dos tipos de controles mais utilizados no campo é a aplicação dos defensivos agrícolas que quando é feito corretamente, consegue alcançar grande potencial no manejo de pragas.
É importante ficar atento à aplicação do produto e ao manejo para evitar acidentes.
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Controle físico
Catação de lagartas, formação de barreiras físicas e modificação da temperatura são algumas ações que fazem parte do controle físico de pragas. Elas são consideradas ações físicas diretas, com medidas específicas.
Agora que você conhece mais sobre os tipos de controle feitos no manejo integrado de pragas (MIP) está na hora de saber como aplicá-lo na sua fazenda. Veja mais no tópico abaixo.
Passo a passo para aplicar o manejo integrado de pragas
Diante dos benefícios do manejo integrado de pragas e suas diferentes frentes de controle dos fitopatógenos, está na hora de conhecer dicas para aplicá-lo com eficiência na sua fazenda.
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Identifique a praga
Toda a ação consegue ser mais assertiva quando sabemos com o que estamos lidando e o mesmo ocorre para as pragas. Por isso, a identificação e pesquisa das pragas é tão importante para traçar um plano de ação correto.
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Faça a análise do agroecossistema
Conhecer o ambiente é tão importante quanto qualquer outra medida que você precise tomar. Ter informações sobre possíveis ameaças à lavoura é fundamental para tomada de decisões mais consistentes e assertivas. Por isso, trabalhe a análise do ambiente em paralelo com a identificação das possíveis pragas.
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Monitore o clima
Você sabia que o clima pode favorecer o surgimento de pragas? Algumas pragas são mais propensas a surgirem em função das condições climáticas e, por isso, é preciso antever esses cenários para controlar a densidade populacional do fitopatógeno.
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Avalie diferentes métodos
Como você viu no tópico anterior, existem diferentes tipos de controle que integram o MIP e, conhecendo bem a praga, você pode começar a traçar quais os melhores métodos para trabalhar, ao lado de um profissional.
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Conheça o nível de controle
Como você viu até aqui, o manejo integrado de pragas busca reduzir a população de pragas até o nível que não cause danos. Para isso, é preciso definir o nível de controle de danos, através do monitoramento periódico.
Essa ação também é importante para definir qual a melhor estratégia e as ações para diminuir a densidade populacional.
Conclusão
Neste artigo, você leu sobre o manejo integrado de pragas (MIP) e como ele pode ser utilizado na sua fazenda para trazer melhores resultados no controle de fitopatógenos. Você conheceu os benefícios como a redução nos custos de produção e menor impacto ambiental.
Além disso, soube como ele funciona e quais são os tipos de controle que você pode empregar na sua lavoura para reduzir a densidade populacional das pragas, com um passo a passo para aplicar no seu negócio rural.
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Estagiária Thais Moreira*
*Sob supervisão de Isabela Azi
FONTES:
CHB Agro – https://blog.chbagro.com.br/
Syngenta – https://blog.syngentadigital.ag/
Aegro – https://blog.aegro.com.br/
Boas Práticas Agronômicas – https://boaspraticasagronomicas.com.br/
