A variedade de doenças que podem acometer a plantação durante suas fases de desenvolvimento torna o manejo integrado de doenças uma prática estratégica, ao não atuar de maneira isolada, mas sim em conjunto de ações para reduzir e controlar os patógenos no campo e seus impactos. E como elas podem ser benéficas? Confira aqui!
Na sua fazenda, quando surgem doenças no campo, como é feito o manejo desse patógeno? Você tem segurança dos resultados obtidos com esse manejo?
Um dos grandes desafios de uma lavoura é o surgimento de doenças no campo, que podem afetar o cultivo em qualquer fase do seu desenvolvimento e, se não controladas corretamente, podem levar a prejuízos consideráveis na lavoura. Por isso, uma prática comum é a aplicação de defensivos.
Contudo, diante da variedade de doenças que podem acometer uma plantação, a solução para conseguir controlar e fazer o manejo correto dos patógenos não pode ser vista de maneira isolada. Principalmente, pela possibilidade de a doença persistir mesmo após a utilização de produtos.
Além disso, com o emprego de tecnologia, muita coisa mudou e novas técnicas surgiram a fim de aprimorar esse controle, entre elas o manejo integrado de doenças. No manejo integrado de doenças, métodos são empregados em conjunto para garantir uma maior efetividade.
E por onde começar o manejo integrado de doenças na sua fazenda? Neste texto, você confere informações sobre essa técnica integrada e como ela é feita para evitar que o patógeno se torne resistente a produtos defensivos. Além disso, você verá como as tecnologias têm um importante papel no controle de doenças no campo.
Afinal, o que é o Manejo Integrado de Doenças (MDI)?
Assim que uma doença se instala na lavoura e passa a se desenvolver, um dos primeiros pensamentos do produtor é fazer o seu controle a partir do emprego de defensivos químicos. Afinal, é uma prática muito popular e que traz realmente bons resultados.
Mas será que esse é o único método de controle que realmente tem um bom desempenho? A resposta está longe de ser simples. Entretanto, o que se sabe é que o patógeno pode sim desenvolver resistência a produtos utilizados.
Com isso, o custo para o tratamento pode sair muito caro e o resultado não ser satisfatório. É aí que entra o Manejo Integrado de Doenças (MID), que tem como base o manejo integrado de pragas.
No manejo integrado de doenças, o produtor rural trata a doença de diferentes formas, seja com a aplicação de defensivos agrícolas, com o controle populacional e outros. Essa estratégia integrada pode ser muito benéfica para a fazenda, principalmente como forma de reduzir custos.
Algumas práticas empregadas no manejo integrado de doenças já são muito conhecidas no meio agrícola e também praticadas entre os agricultores, o que torna o seu manejo muito mais facilitado.
Por isso, ao invés de tratar o patógeno de maneira isolada, as técnicas aplicadas em conjunto conseguem potencializar a ação. E para que isso aconteça, o produtor rural tem à sua disposição métodos já estudados e validados. Venha conferir no próximo tópico.
Quais os métodos empregados no manejo integrado de doenças?
Para quem já tratou uma doença em sua lavoura, sabe que o manejo pode ser desafiador, principalmente se for encontrado um patógeno resistente ou com grande potencial destrutivo.
Estima-se que entre 70% e 80% da produção pode ser perdida por conta da ocorrência de determinadas doenças, sem contar os custos agregados. Dessa forma, ter agilidade e conhecimento de técnicas distintas pode ser um diferencial.
Confira os métodos empregados no manejo integrado de doenças:
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Método cultural
Rotação de culturas, seleção de híbridos certificados e resistentes, adoção de vazio sanitário e plantio na época recomendada são algumas das práticas já conhecidas. Mas, você sabia que elas também servem para o controle integrado de doenças?
São técnicas já conhecidas e implementadas na agricultura, mas que também contribuem para o manejo de patógenos, já que agem diretamente para desfavorecer a proliferação de doenças.
Outro grande benefício do método cultural é sua facilidade de implementação, já que muitas práticas apresentam um baixo custo de implementação.
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Método físico
Já no método físico, temos o controle de temperatura, radiação e solarização como formas de fazer o manejo de doenças na lavoura.
No caso da solarização, uma das práticas muito conhecidas, é colocado um plástico cobrindo toda a superfície. Dessa forma, com os raios solares penetrando, cria-se um efeito estufa, com temperaturas muito elevadas, o que acaba por prejudicar os fitopatógenos.
Além disso, é possível utilizar o refrigeramento como forma também de inibir o crescimento dos patógenos.
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Método genético
O método genético se desenvolveu ao longo dos anos, principalmente pelos avanços da ciência e tecnologia. Conhecido também como controle genético, a planta começa a expressar características que reduzem os danos dos patógenos.
Inclusive, muitas doenças são tratadas com o controle genético. A aplicação de técnicas da genética também é utilizada para resistência de plantas contra o clima adverso. Dessa forma, é possível comprovar a sua eficácia e segurança.
Além da resistência, outras linhas de aplicação da genética são para a redução do efeito dos fitopatógenos e proteção completa. Contudo, a resistência é a técnica mais utilizada e também com menores custos.
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Método biológico
Na natureza, é possível encontrar microrganismos que atuam de maneira desfavorável à ação de doenças do campo. Isso é chamado de controle biológico.
Assim, alguns microrganismos com ação direta contra doenças podem ser utilizados, seja por competição, parasitismo ou outros mecanismos de controle.
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Método químico
O último e mais conhecido dos métodos de manejo integrado de doenças é o controle químico, ou seja, a aplicação de defensivos agrícolas no campo. O controle químico é muito aplicado principalmente pela sua ação rápida e eficaz, contudo também requer certos cuidados.
O primeiro deles é o seu manejo na lavoura, já que, por se tratar de um produto químico, o processo pode ser prejudicial à saúde dos aplicadores, contaminar os alimentos e até chegar aos lençóis freáticos.
Em relação a eficiência, esse método traz um ótimo custo-benefício. Entretanto, é preciso auxílio técnico tanto para controlar suas dosagens quanto para reduzir as chances do produto se tornar ineficiente contra a doença.
Por isso, é importante conhecer outras formas de controle de manejo integrado de doenças, para justamente agir em conjunto no tratamento do patógeno.
Como a tecnologia e a precisão contribuem para o manejo integrado de doenças?
Quando se fala em controle de doenças, não se pode negar que grande parte das fazendas utiliza o método químico. Em alguns casos, é o único empregado. Por isso, para ter qualidade e conseguir obter um ótimo desempenho, é preciso investir na aplicação.
Nesse caso, é importante investir em tecnologias de aplicação e precisão na pulverização agrícola. Uma das propostas é a pulverização em taxa variável, que assegura melhor precisão em cada ponto da lavoura.
Com isso, a taxa de aplicação varia conforme a produção vai se desenvolvendo a cada talhão, sendo muito comum no manejo de plantas daninhas. Dessa forma, é possível evitar desperdícios e a aplicação de produtos em áreas que não as necessárias.
Isso gera também economias para o produtor rural, investindo no produto e na quantidade ideais.
Outra grande aposta é a tecnologia de precisão, como o mapeamento da lavoura e as suas necessidades, monitoramento de doenças no campo por meio de imagens e histórico da fazenda e os softwares acoplados nas máquinas.
Todas essas possibilidades ajudam o produtor a identificar patógenos, controlar a ocorrência deles no campo e reduzir o potencial de devastação na lavoura. Consequentemente, também contribui para a manutenção de um bom potencial produtivo.
Conclusão
O manejo integrado de doenças, composto por diferentes práticas, é uma estratégia para o produtor que quer investir em outras formas de controle de doenças, de maneira eficaz e segura. Por isso, é preciso considerá-lo desde o início do planejamento agrícola.
No texto, você viu o que é o manejo integrado de doenças e os métodos existentes, como o controle químico, físico, biológico e genético, que muito se assemelha ao manejo de pragas.
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FONTES:
Aegro – https://blog.aegro.com.br/
Agro Bayer – https://www.agro.bayer.com.br/
Climate Fieldview – https://blog.climatefieldview.com.br/