Planejar uma safra é um momento decisivo para os produtores rurais, já que seu sustento depende do rendimento da colheita. Além disso, muitos agricultores não possuem recursos para custear o investimento de uma safra e por isso precisam recorrer a financiamentos disponibilizados pelo governo.
O Plano Safra é o programa de financiamento de recursos financeiros proposto pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o crescimento do setor agrícola brasileiro. O programa engloba outros recursos federais como o seguro agrícola e o crédito agrícola, ambos do Governo Federal, para custear as atividades do setor.
Neste ano, o Plano Safra 2020/2021, foi anunciado pela gestão no dia 17 de junho de 2020, com vigência para o início do mês de julho até 30 junho de 2021. O novo plano prevê a distribuição dos recursos para os produtores de diversos portes por meio dos bancos públicos e privados ou cooperativas de crédito.
Neste artigo, vamos falar sobre as as principais mudanças propostas pelo Governo Federal para o setor agrário. Além disso, vamos abordar as alterações que impactam os programas que abrangem o Crédito Rural, maior programa de financiamento destinado aos produtores rurais, como os recursos destinados e as taxas de juros.
O que muda no Plano Safra 2020/2021?
A proposta divulgada pelo Governo Federal traz mudanças significativas para o agronegócio como o aumento do crédito disponível e redução das taxas de juros para pequenos e médios produtores. Saiba o que vai mudar.
Distribuição do capital
O novo plano safra liberou R$236,3 bilhões em financiamentos por meio dos programas de crédito rural, cerca de R$10 bilhões a mais do que o proposto no ano passado. De acordo com a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, o novo orçamento visa fortalecer a produção no campo e o abastecimento no país.
Segundo o portal de notícias G1, dentre os recursos disponibilizados, cerca de R$179,38 bilhões são para o custeio e comercialização dos produtos? e R$56,92 bilhões para a ampliação na infraestrutura das propriedades, distribuídos nas modalidades que compreendem o crédito rural.
Dessa forma, os produtores precisam ficar atentos aos prazos e documentos para solicitar o crédito agrícola. Vale ressaltar que os programas que compõe o crédito possuem regras específicas, confira aqui em qual modalidade sua propriedade se aplica.
Outra mudança observada foi a distribuição dos recursos de acordo com o porte do produtor, em pequeno, médio e grande. Para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), foram distribuídos R$33 bilhões para o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil.
Para os médios produtores, que são amparados pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), o montante estipulado foi orçado em R$33,20 bilhões. Por último, temos o dinheiro destinado às cooperativas de produtores e grande produtores rurais, que contabiliza cerca de R$170,7 bilhões do orçamento total destinado ao Plano Safra 2020/2021.
Este ano, o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro) e o Programa de Incentivo à Irrigação e à Produção em Ambiente Protegido (Moderinfra) também ganharam novos recursos. A estimativa do governo é repassar cerca de 33,3% e 43,4%, respectivamente, a mais este ano, segundo informações divulgadas no site do Governo Federal.
Redução das taxas de juros
O governo também anunciou novas taxas de juros que são válidas para o novo plano safra. As tarifas para comercialização, custeio e industrialização foram divididas da seguinte maneira:
- Entre 2,75% e 4% ao ano para pequenos produtores;
- 5% ao ano para os médios agricultores;
- 6% ao ano para os grandes produtores
Apesar da redução das taxas de juros, produtores e entidades como a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), dizem que o encolhimento dos juros ainda não foi satisfatório.
Em entrevista para o G1, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, disse que a expectativa que era os os juros aplicados para os grande produtores ficassem próximos de 2,25% ao ano, o que corresponde a taxa cobrada pela Selic.
Ampliação dos programas voltados à Agricultura Familiar
Outra grande novidade é a ampliação dos programas voltados a desenvolver a agricultura familiar no Brasil. Desde o ano passado, foi instaurado o financiamento voltado para a construção ou reforma de residências para as famílias que se enquadram na modalidade agricultura familiar, com orçamento fixado em R$500 milhões.
Neste ano, os filhos na propriedades dos pais também podem solicitar o financiamento, com juros de 4% ao ano, de acordo com o Canal Rural. Além disso, os produtores que empregam a biodiversidade e o ecossistema sustentável poderão solicitar financiamento por meio do Pronaf para custear suas atividades, com juros de 2,75% ao ano.
Acesse aqui e conheça mais sobre as mudanças destinadas a agricultura familiar.
Implementação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA)
A crise instaurada em decorrência do novo coronavírus, afetou também o agronegócio, principalmente as famílias que produzem laticínios, derivados da mandioca e sócio biodiversidade. Dessa forma, o governo precisou reformular um programa especial de amparo às famílias de produtores afetadas pelos desdobramentos da Covid-19.
O Programa de Aquisição de Alimentos, contou com um plano apresentado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que visa destinar recursos para estados e municípios comprarem produtos agrícolas dos produtores amparados pela PAA na modalidade Formação de Estoque e Doação Simultânea.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) será o órgão responsável por manejar o financiamento designado para PAA na categoria Formação de Estoque, segundo informações veiculadas no Canal Rural.
As mudanças previstas para o Plano Safra 2020/2021 ampliam as oportunidades para os produtores rurais, principalmente os pequenos e médios produtores, já que o recurso disponibilizado é o maior da história. Conheça mais sobre esta medida.
Com o crédito em mãos, agricultores podem realizar ampliação de armazéns, custeio de defensivos, sementes e outros insumos, aplicação do dinheiro em inovação e modernização das propriedades e outras possibilidades.
Além disso, o produtor pode investir o dinheiro do crédito rural na compra de maquinários agrícolas, que são parte fundamental da modernização do campo e aumento da produtividade dessas propriedades.
Por isso, é importante conhecer as necessidades da fazenda e comprar uma máquina que atue de forma eficaz no problema e auxilie o produtor. A Unapel, oferece maquinários e equipamentos de precisão de alto desempenho, economia e robustez para desempenhar as atividades mais árduas do campo. Fale com nossa equipe especializada e encontre as melhores soluções para sua propriedade.
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Estagiária Thais Rodrigues*
Sob supervisão de Isabela Azi
META DESCRIPTION: O Plano Safra 2020/2021, apresentado pelo governo no final de junho, traz mudanças significativas para o agronegócio, como alterações no crédito rural. Saiba mais!
FONTES:
G1 – https://g1.globo.com/economia/agronegocios/
Governo Federal – https://www.gov.br/pt-br
Canal Rural – https://www.canalrural.com.br/