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ESTIAGEM NA AGRICULTURA: QUAIS SÃO OS IMPACTOS E COMO LIDAR COM ELES

NEW HOLLAND

O período de estiagem, que afeta muitas regiões brasileiras, pode impactar negativamente a produtividade na fazenda. Entenda quais são os efeitos e como se preparar para o período.

 

Na agricultura, um dos principais recursos que auxilia na manutenção da atividade agrícola e a produtividade no campo, é a água. Com esse recurso natural, as plantas conseguem se desenvolver e gerar bons frutos. Mas, e quando esse elemento importante passa por um período de escassez, o que fazer?

 

A estiagem prolongada ou a seca é uma das adversidades do campo, que afeta não apenas a plantação, mas os lucros do empreendimento, preocupando muitos produtores nas diferentes regiões do Brasil. Além disso, a estiagem não afeta apenas a agricultura, mas outros setores que dependem dela, como o abastecimento doméstico. 

 

Neste ano, 92 municípios de Santa Catarina decretaram estado de emergência por conta da seca que atingiu a região.  Conforme informações divulgadas pelo G1, o principal rio  que abastece a localidade, denominado Rio Pilões, reduziu seu potencial em 70%. Para evitar perdas maiores e a inviabilidade do empreendimento rural, é fundamental que os produtores rurais estejam atentos  aos períodos de estiagem para que possam se preparar melhor.

 

Neste artigo vamos falar sobre os efeitos da estiagem na agricultura, enfatizando as consequências para o campo e trazendo alternativas que podem ajudar aos agricultores a lidar com este período. 

 

Como funciona o período de estiagem e seca na agricultura?

 

A estiagem é um fenômeno climático que gera a baixa precipitação de chuvas e causa uma instabilidade hidrológica, devido à diminuição de chuva esperada no período, seja pela redução do volume ou atraso da chuva. Apesar dos transtornos gerados, a estiagem é ainda mais branda que a seca. 

 

A seca é caracterizada pela completa falta de chuva em um período prolongado, agravado pela redução dos índices de água dos mananciais e o surgimento do clima quente e seco, dificultando a manutenção das atividades que dependem do recurso.

 

Dessa forma, ocorre uma redução drástica da disponibilidade de alimentos, já que a falta de água pode levar à perda de toda a safra, comprometendo o rendimento. Além disso, as mudanças climáticas podem contribuir para o surgimento de seca e estiagem em regiões que antes não sofriam com esta situação. 

 

De acordo com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), as variações climáticas alteram o regime de chuvas e colaboram para o surgimento de “eventos hidrológicos extremos”, como os longos períodos de seca. Para saber mais informações e as medidas implementadas pelo órgão, acesso o site do Governo Federal

 

Quais são os impactos da estiagem no setor agrícola?

 

Apesar dos avanços tecnológicos que são empregados no sistema meteorológico, ainda não é possível detectar o período de estiagem além de 90 dias. Contudo, existem algumas previsões que podem auxiliar na percepção do fenômeno.

 

A primeira delas é feita pela comparação da interação entre o oceano e a atmosfera. Já a segunda, consiste em analisar a circulação atmosférica global, como as diferenças da pressão e temperatura atmosférica. Confira agora os principais impactos da estiagem na agricultura.

  • Baixa oferta de água

Um dos principais fatores que preocupa os agricultores é a baixa disponibilidade de água que ocorre durante o período de estiagem. Dependendo do nível, o solo é gravemente prejudicado pela falta de umidade, comprometendo o desenvolvimento da plantação. Além disso, quando a estiagem dura longos período, os reservatórios de abastecimento começam a reduzir seu nível de água, prejudicando o consumo doméstico e outras atividades.

  • Redução dos níveis de irrigação

Como sabemos, a irrigação é uma importante atividade agrícola que completa a umidade do solo quando a chuva não é suficiente. Porém, no período de estiagem, é normal que a oferta de água reduza, impactando diretamente nesta atividade

 

Como falado anteriormente, a boa oferta de água é um dos fatores que contribuem para o sucesso da safra, mas quando a irrigação é prejudicada, a produtividade da fazenda também sofre redução, como uma cadeia interligada.

  • Diminuição da disponibilidade de alimentos

Com o baixo desenvolvimento das plantas, o produtor sofre com o potencial produtivo e, consequentemente, a oferta de alimentos também diminui. Com isso, é possível que alguns cultivos que seriam plantados sofram atrasos e causem prejuízos no rendimento final da propriedade rural.

 

Além disso, com a alta demanda de alimentos, o preço dos produtos agrícola tendem a aumentar, devido à lei da oferta e procura, tornando-o menos acessível à população e agravando problemas sociais.

 

Como enfrentar o período de estiagem?

 

Para evitar prejuízos ocasionados pelo período de estiagem, o produtor rural precisa se preparar e aplicar algumas técnicas que reduzem perdas drásticas na plantação. Para auxiliar, selecionamos alguns métodos que ajudam a minimizar os efeitos. Confira agora!

  • Escolha culturas mais resistentes

Uma das opções para enfrentar o período de estiagem e evitar grandes perdas no campo é escolher culturas que são mais resistentes à  seca. Por isso, é fundamental selecionar espécies adaptáveis, que conseguem se desenvolver mesmo em climas mais áridos e condições adversas.

 

Para isso,é preciso pesquisar e avaliar as condições de acordo com a sua região para traçar os melhores cultivares. Além disso, a biotecnologia também é uma importante aliada neste tempo difícil, pois consegue modificar geneticamente a planta para que ela apresenta características favoráveis. Para saber mais sobre o tema, leia o artigo sobre melhoramento genético.

  • Empregue a rotação de culturas

A rotação de culturas é uma técnica que visa intercalar o plantio com diferentes cultivos, no mesmo intervalo de tempo, aumentando a oferta de alimentos diversificados e contribuindo para a fertilidade do solo. Além disso, ajudar a evitar o processo de erosão e outro agentes degradantes e aumento a produtividade.

 

No período de seca, a rotação de culturas também é capaz de auxiliar o produtor, aumentando a disponibilidade de nutrientes no solo, responsáveis pelo crescimento das plantas. Por isso, é essencial combinar espécies de acordo com o período de seca e as características da região para que o método seja realmente efetivo. 

  • Utilize o plantio direto

Outra técnica que potencializa a produtividade e auxilia nos períodos de seca é o método de plantio direto. Neste caso, o plantio direto consiste no mínimo, ou nenhum, revolvimento do solo, e deixando  a terra coberta com resíduos derivados da safra anterior, mantendo a palhada.

 

Uma das principais vantagens é a umidade do solo, proporcionada pelos resíduos vegetais presentes na superfície. Dessa forma, o plantio direto e uma ótima estratégia em períodos de seca, em que as condições para o desenvolvimento das plantas são desfavoráveis.

  • Invista em tecnologia 

Com o avanço das soluções tecnológicas, o campo conta com equipamentos de alta precisão, capazes de guardar informações sobre a fazenda e a região e fornecer informações reais que ajudam  a preparar melhor a safra.

 

Além disso, os dados coletados servem para automatizar os processos de produção e monitorar a qualidade do solo, servindo principalmente no período de estiagem, quando a terra acaba sofrendo com a falta de umidade e de nutrientes.

  • Armazene a água

Como dito anteriormente, a falta de água é uma das principais características do período de estiagem. Por isso, construir sistemas de armazenamento e de captação da  água da chuva é uma ótima maneira para enfrentar a seca.

 

 Avalie as condições da propriedade rural e veja as suas necessidades. Para que o sistema seja realmente eficaz, é necessário planejamento e uma boa estrutura para atender as particularidades da plantação.

 

Podemos perceber que a estiagem afeta diversos produtores rurais, mas com planejamento e preparo é possível evitar perdas na plantação. Dessa forma, sempre monitore as condições da sua região e trace estratégias eficientes.

 

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Por Thais Rodrigues*

Estagiária sob supervisão de Isabela Azi*

 

 

 

FONTES: 

Agrosmart – https://agrosmart.com.br/blog/

G1 – https://g1.globo.com/

Governo Federal – https://www.ana.gov.br/

 

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