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Depreciação de máquinas agrícolas: por que estar atento a isto?

Saber o quanto os equipamentos agrícolas desvalorizam com o passar do tempo é importante para o produtor rural manter uma boa gestão do seu negócio e também saber a hora certa de renovar a sua frota. E como entender melhor o processo de depreciação de máquinas agrícolas? Veja neste texto como acontece a depreciação de máquinas!

 

Você já teve um veículo que começou a exigir mais gastos ao longo do tempo, mesmo não apresentando potencial similar de quando você o adquiriu? Esse processo também ocorre com as máquinas agrícolas, e é chamado de depreciação de máquinas agrícolas.

 

Esse desgaste natural ocorre com qualquer equipamento utilizado no campo, devido a sua deterioração pelo uso e também pelo tempo, gerando a desvalorização do equipamento no momento da revenda. É nessa hora que muitos produtores acabam sendo pegos de surpresa.

 

Afinal, ao não acompanhar a depreciação do seu equipamento, quando chega a hora de repassá-lo, você pode se deparar com um valor menor do que esperava conseguir pela máquina.

 

Mas como evitar situações como essa e saber qual a porcentagem de depreciação que o seu equipamento sofre por ano? Neste texto, vamos falar mais sobre a depreciação de máquinas agrícolas e porque é preciso estar atento a desvalorização desses equipamentos.

 

Você confere também como esse processo acontece, porque o produtor precisa considerar a depreciação de máquinas agrícolas nos custos de produção e como saber a hora certa de renovar a frota agrícola.

 

Como ocorre a depreciação de máquinas agrícolas?

 

Quando é feita a entrega técnica da sua máquina agrícola e nos primeiros anos de utilização, o equipamento oferece sua máxima performance, economia e também um bom funcionamento. Mas, com o passar dos anos, uso frequente e várias horas de trabalho, essa performance é afetada.

 

Isso é um processo normal, mas que também demanda atenção do produtor rural para entender se a relação custo benefício continua sendo positiva, para a máquina ser mantida ou se chegou a hora de renovar a frota agrícola.

 

Essa é a depreciação da máquina agrícola, um processo que acarreta na perda de valor do equipamento a cada ano que passa. Afinal, após sair da fábrica, o equipamento vai se desgastando. Com isso, o valor de revenda vai diminuindo cada vez mais.

 

O mesmo ocorre também com a defasagem tecnológica da máquina. Ao fazer a aquisição de um equipamento novo, ele possui uma tecnologia recente, muitas vezes de lançamento. Porém, com o passar dos anos, novas tecnologias vão sendo apresentadas ao mercado e a sua máquina fica defasada. Como muitas tecnologias têm chegado rapidamente, é cada vez mais comum essa obsolescência.

 

Com isso, a depreciação de máquinas agrícolas precisa estar no radar do produtor rural, já que reflete diretamente na efetividade das suas operações, na hora da revenda e principalmente nos custos de produção.

 

Se você ainda não considera a obsolescência no seu custo de produção, está na hora de começar a fazer os cálculos e entender de fato o que isso pode acarretar para o seu negócio rural. No próximo tópico, você vai entender mais sobre esse ponto.

Por que inserir a depreciação de máquinas agrícolas nos custos da produção?

 

Sabe quando mais uma safra é concluída e você obtém o lucro do seu trabalho, mas sente que obteve pouco retorno? Isso pode ocorrer devido a custos que você não está considerando ao calcular o consumo final da sua produção, mas que tem impactos ao fechar a conta. Um desses custos pode ser a depreciação de máquinas agrícolas.

 

Se a máquina agrícola perde valor, seja pela obsolescência tecnológica ou pelo seu uso prolongado, a depreciação de máquinas agrícolas também precisa integrar os custos da produção agrícola.

 

Esse é um tipo de custo indireto com a lavoura e que, em muitos casos, o produtor rural deixa de considerar. Contudo, é um erro não colocar o custo da depreciação na ponta do lápis e distribuí-lo. Isso pode estar afetando inclusive a forma que você precifica o seu produto e obtém o lucro do trabalho.

 

Longas horas de trabalho ou o uso intensivo fazem com que a máquina agrícola se desgaste mais rápido. Com isso, seu equipamento sofre desvalorização mais rapidamente. Se esse desgaste acontece por conta da lavoura, por que esse custo não é considerado?

 

Portanto, o produtor precisa saber de quanto é esse percentual de desvalorização, que normalmente é anual, e como integrá-lo aos custos de produção agrícola para não errar no momento de precificar o produto final.

 

Como calcular a depreciação de máquinas agrícolas?

 

O cálculo de depreciação de máquinas agrícolas é relativamente simples, mas é preciso ter as informações corretas para não errar. Para começar, é preciso entender alguns pontos:

  • Diferença entre depreciação fiscal e gerencial

Na depreciação fiscal, a cada ano de vida útil da máquina agrícola, o valor da sua aquisição vai reduzindo até que chegue a zero. No geral, a taxa de depreciação anual pode chegar até 10% para equipamentos agrícolas, mas é importante saber exatamente o tipo de equipamento.

 

Já na depreciação gerencial, o valor do bem é calculado a partir de um determinado período de tempo, podendo ser menor que a sua vida útil. Além disso, na depreciação gerencial, os cuidados com o equipamento aliados à manutenção contam muito para manter um bom valor do bem.

  • Elementos da depreciação de máquinas

Você sabe exatamente o que precisa ser calculado para que o resultado obtido da depreciação esteja correto? Ter noção desses elementos é tão importante quanto aplicar as fórmulas.

 

Normalmente, a depreciação é calculada com base no valor de aquisição da máquina agrícola, a vida útil do bem e o seu valor residual, ou seja, com a revenda do bem. Contudo, o produtor pode ainda acrescentar novos elementos, como as horas trabalhadas, o seguro e outras fontes.

 

No caso do valor residual, ele é dado em forma de porcentagem pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) e pode facilitar inclusive a base de cálculos da depreciação.

  • Fórmulas para a depreciação

Entendendo quais os atributos estão presentes no cálculo de depreciação de máquinas agrícolas e as diferenças da depreciação fiscal e gerencial, está na hora de começar a calcular.

 

Para isso, é utilizado a seguinte fórmula de depreciação fiscal:

 

Valor da aquisição – valor residual / Meses trabalhados

 

*Fórmula Broto

 

O valor de aquisição deve ser o mesmo que consta na nota fiscal da máquina, já o valor residual é o de revenda do produto. É preciso achar a diferença entre esses dois valores e dividir pelos meses trabalhados.

 

Com isso, o produtor consegue chegar na depreciação anual do equipamento. Mas como saber o quanto a máquina sofre de depreciação mensal? Basta dividir a diferença entre o valor de compra e revenda pelos meses trabalhados.

 

Existe momento certo para renovar a sua frota agrícola?

 

Como você viu, a cada mês, a máquina agrícola vai perdendo valor e quanto mais perto de atingir a sua vida útil, mas esse percentual de depreciação aumenta. No entanto, ao analisar por outra perspectiva, os custos com o equipamento também aumentam.

 

Com isso, como saber a hora certa para fazer a renovação de frota? É preciso pensar no objetivo de compra do equipamento em primeiro lugar. Reflita sobre o objetivo que levou a aquisição desse bem.

No passado, você fez essa aquisição com o objetivo de modernizar a produção tornando-a mais dinâmica, ter uma melhor produtividade, ganhar tempo ou com outros objetivos, hoje, esses objetivos ainda estão sendo cumpridos?

 

Além disso, tenha em mente os custos do equipamento. Quando você comprou a máquina, os custos com manutenção, combustível e outros gastos eram de um determinado valor. E, agora, como está? Se o valor aumentou muito, este é um outro indício que talvez seja bom renovar a frota.

 

É preciso também pensar na relação custo benefício, afinal, você investiu na compra do bem e ele precisa gerar retorno para o negócio rural. Com o passar dos anos, se essa relação já não estiver mais positiva, muito provavelmente chegou o momento de atualizar a máquina.

 

Não existe um momento ideal, mas existem indícios que demonstram que a renovação da frota é estrategicamente interessante, geralmente, eles incluem uma frota antiga que ocasiona dores de cabeça. Por fim, independente de qual for o momento, esse é um processo que exige planejamento.

 

Afinal, é com planejamento que você consegue alcançar os objetivos do negócio rural no curto, médio e longo prazo, além de trazer estabilidade financeira para a sua fazenda.

 

Conclusão

 

Neste texto, você conferiu como a depreciação de máquinas agrícolas influencia o negócio rural e está inserida nos custos de produção, nos gastos com a máquina, na precificação dos produtos e até mesmo na porcentagem de lucro do produtor rural.

 

Por isso, ela deve ser considerada e, mais do que isso, calculada corretamente. Para mais, no artigo, você viu sobre a importância de considerar a depreciação nos custos de produção agrícola, quais são os elementos do cálculo e até mesmo as fórmulas para chegar na depreciação anual e mensal.

 

Se você quer acompanhar e ter acesso a conteúdos como este, que facilitam o dia a dia da sua fazenda e ainda auxiliam na melhora da produtividade e eficiência da sua lavoura, não deixe de seguir a Unapel no Instagram, Facebook e YouTube.

FONTES:

Broto – https://blog.broto.com.br/

Aegro – https://blog.aegro.com.br/

3tentos – https://www.3tentos.com.br/

Revista Cultivar – https://revistacultivar.com.br/

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