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BIOINSUMOS: COMO ESSE MERCADO CONTRIBUI PARA O AGRONEGÓCIO?

natureza

 Reduzindo os impactos ambientais e auxiliando no controle de pragas, doenças e fertilidade, os bioinsumos são um mercado em ascensão e  uma grande aposta para o agro. Confira mais sobre esse mercado!

Com o crescimento de pautas como a sustentabilidade, a inovação de técnicas e a tecnologia, os produtores rurais encontram no mercado diversas soluções para melhorar o desempenho de suas lavouras, economizar e reduzir os impactos ambientais da atividade agrícola. Diante disso, o mercado de bioinsumos cresce ao unir estes aspectos.

 

Os insumos biológicos possuem várias aplicações, são uma aposta do setor e já movimentam mais de R$1 bilhão por ano no Brasil, além da taxa de crescimento anual superior a 10%, ocupando uma área equivalente a 50 milhões de hectares. Até 2019, foram registradas  80 biofábricas para atender a demanda no país. Neste contexto, o mercado de bioinsumos está em ascensão e ainda tem muito espaço para se desenvolver.

 

Diante da procura por esses produtos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) desenvolveu o Programa Nacional de Bioinsumos, mais uma forma de desenvolver este setor e consolidar a ampla utilização dos insumos biológicos em todo o país. Neste artigo, vamos falar sobre o que são os insumos biológicos e os benefícios para o agronegócio brasileiro, as  aplicações nos empreendimentos rurais e os principais desafios do setor.

 

Afinal, o que são bioinsumos?

 

Como o próprio nome indica, os bioinsumos são feitos a partir de microorganismos, materiais orgânicos, vegetais ou animais encontrados em biofertilizantes, bioinseticidas, biofungicidas e outros produtos. Apresentam a mesma eficiência de produtos não biológicos e ainda contribuem para a sustentabilidade.

 

Com o Programa Nacional de Bioinsumos, lançado pelo Mapa, o mercado ganha um incremento e consolida a utilização dos defensivos biológicos no país. A iniciativa abre portas no setor agrícola para a inserção de produtos de baixo impacto ambiental e, um efeito disso é o incremento de novos registros de defensivos agrícolas biológicos, que em dezembro de 2020, chegou a 42 novos produtos no mercado, totalizando 76 bioinsumos.

 

A entrada de produtos biológicos no mercado é realizada após análise e aprovação do Mapa, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além da atuação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para certificar a segurança no manejo desses produtos.

 

Além disso, os bioinsumos são versáteis e podem ser utilizados nas etapas de produção e armazenamento, incentivando o uso de recursos biológicos nas fazendas e substituindo  por completo o uso dos produtos químicos tradicionais.

 

Quais as vantagens de utilizar os bioinsumos nas fazendas?

 

Os bioinsumos  oferecem  vantagens para produtores rurais, meio ambiente e empresas. Veja abaixo mais benefícios de implementar os defensivos agrícolas.

  • Mais autonomia

Além de biofábricas que cuidam da produção de produtos por meios biológicos, há também a produção de bioinsumos pelos próprios produtos rurais, em suas fazendas, seguindo recomendações de especialistas e protocolos necessários. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende a produção própria nos empreendimentos rurais, que traz resultados eficientes e  contribui para reduzir custos. 

 

A entidade também atua para auxiliar em normas objetivas e funcionais para os produtores rurais, garantindo a liberdade dos agricultores que já produzem bioinsumos dentro das fazendas.

  •  Competitividade no mercado

Com a inserção de produtos biológicos de baixo impacto, que ajudam em grande parte a tornar a atividade agrícola mais sustentável, há também os ganhos em competitividade, colaborando para um mercado mais justo, mais inovador em produtos e com menores custos de produção.

 

Dessa forma, os agricultores tendem a ganhar, pois além da diversidade, as empresas precisam acompanhar a demanda e  aplicar mais tecnologia e estudos para melhorar seus produtos. Além disso, com a concorrência, os preços não são exorbitantes, o que permite  que mais produtores tenham acesso.

  • Menores custos 

Os benefícios a longo prazo vão além da sustentabilidade do setor, mas também em incrementos de produtividade, agregando valor ao alimento e  contribuindo para uma oferta maior no mercado, aumentando a segurança  alimentar. Além disso, os produtores rurais começam a sentir a redução dos custos, pois trabalham de acordo com a necessidade do cultivo e ministram a dosagem a partir dela. 

  • Mais desenvolvimento para o setor

O mercado de bioinsumos ainda deve crescer nos próximos anos, principalmente apoiado pelo Programa Nacional de Bioinsumos que traz pontos essenciais para o melhor desenvolvimento da produção biológica no país, permitindo que agricultores acessem recursos financeiros do crédito rural para financiar o crescimento dessa produção. Com isso, produtores que já fazem seu próprio bioinsumo, com auxílio técnico, tem mais um incentivo em continuar.

  • Mercado em expansão

Com a diversidade biológica proporcionada por este mercado e  os incentivos do Governo Federal para o  desenvolvimento, o resultado não pode ser outro: um mercado em expansão, com expectativa de faturamento anual, em 2021, de R$7,5 bilhões. Para os próximos anos, devemos ter no mercado uma gama maior de produtos e alta tecnologia embarcada.

 

Quais desafios precisam ser superados?

 

Apesar dos incentivos e  da procura  dos produtores rurais diante dos benefícios apresentados pelos bioinsumos, o mercado, assim como qualquer outro, precisa superar desafios. Um dos entraves é a burocracia, pois, não há normativas claras sobre os bioinsumos e eles ainda são colocados no mesmo lugar que fertilizantes e outros produtos químicos tradicionais.A PL 658/21 é uma iniciativa para abordar a classificação, o tratamento e a produção de bioinsumos.

 

Além disso, a capacidade técnica de produtos rurais ainda trava aqueles que querem dar um passo inicial para a produção de produtos biológicos dentro de suas fazendas. Nesse contexto, pensar em cursos de capacitação, como já elaborado pela pasta agrícola do Governo, em parceria com a Embrapa, é contribuir para uma maior adesão às práticas e também pelo fortalecimento dos bioinsumos nas propriedades rurais.

 

Outro gargalo é o estímulo aos estudos e pesquisas que colaboram para melhorar a tecnologia no bioinsumos. A valorização das pesquisas é necessária e importante para dar gás ao setor, que encontra pela frente muito terreno fértil para se desenvolver e oferecer aos agricultores produtos mais diversificados e melhores.

 

As soluções propiciadas pelos bioinsumos e sua expansão no Brasil valorizam a necessidade de adoção de técnicas sustentáveis no agronegócio, que fomentem a produção sem deixar de lado o meio ambiente.

 

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Por Thais Rodrigues*

*Estagiária sob supervisão de Isabela Azi

FONTES:

Summit Agro – https://summitagro.estadao.com.br/ 

CNA – https://www.cnabrasil.org.br/ 

CI Orgânicos – https://ciorganicos.com.br/ 

Aegro – https://blog.aegro.com.br/ 

Canal Rural – https://www.canalrural.com.br/ 

 

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