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ALIMENTAÇÃO PLANT-BASED: COMO O AGRO SE BENEFICIA DESSA TENDÊNCIA?

soja

A alimentação plant-based, derivada de vegetais, é um novo hábito de consumo que tem crescido no mercado brasileiro. Veja como o agro pode explorar esse mercado.

Para ser relevante, além de produzir mais e com melhor qualidade, atendendo às demandas da sociedade, o setor agrícola também precisa estar atento às mudanças de hábitos, principalmente quando estes novos costumes afetam diretamente o setor. Um novo hábito emergente é a alimentação plant-based, composta por alimentos de origem vegetal e  que tem crescido nos últimos anos.

 

Os produtos plant-based são uma ótima opção para consumidores vegetarianos, veganos e para pessoas que desejam diminuir a ingestão de carne,  sem abrir mão de uma dieta saudável e, ao mesmo tempo, saborosa, com ingredientes vegetais. Contudo, por trás da qualidade desses produtos, há também um mercado que vem crescendo cada vez mais, chegando a faturar, em 2020, US$5,6 bilhões globalmente

 

Essa nova tendência de consumo, reforça a preferência dos consumidores por alimentos com maior qualidade nutricional e também mais saudáveis. Esse novo comportamento afeta diretamente a agropecuária, e, por isso, os produtores rurais precisam estar atentos a esse novo hábito para crescer e alcançar novos públicos. 

 

Neste artigo, vamos contar um pouco sobre  a alimentação plant-based, como a tendência beneficia o agronegócio brasileiro, qual o cenário deste mercado e traremos referências que  reforçam esse novo mercado como uma oportunidade para produtores que desejam aumentar seu faturamento.

 

Afinal, o que é a alimentação plant-based?

 

Como adiantamos no tópico anterior, a alimentação plant-based é composta por produtos a base de plantas, em tradução livre, que reforçam uma dieta focada na qualidade alimentar, com pouca gordura e alto teor de fibras.

 

Mas, como transformar os vegetais em alimentos com textura similar à base animal? Os produtos plant-based utilizam alta tecnologia e processamento industrial para se aproximar dos alimentos de base animal. Dessa forma, é possível degustar um bom sanduíche sem necessariamente ingerir carne. 

 

Ainda não existe uma regulamentação oficial, mas, normalmente, os produtos plant-based possuem nomenclaturas como “produto à base de vegetais” para distinguir dos outros comercializados.

 

Como anda o mercado de alimentos plant-based?

 

As perspectivas para o mercado de produtos a base de plantas são positivas, a previsão é de crescimento anual de 15% até 2027, alcançando até US$14,9 bilhões globalmente. Com esse cenário positivo, os produtores rurais devem prestar atenção a esse novo hábito emergente, principalmente pelo surgimento de  empresas especializadas neste tipo de produto e que oferecem opções diversificadas para os consumidores. Um exemplo é a  Fazenda do Futuro, que vende hambúrguer, almôndegas e outros alimentos à base de vegetais.

 

Outro dado, aponta que mais consumidores estão aderindo ao veganismo e vegetarianismo e, em 2020, 79 milhões de pessoas se declararam veganas ou vegetarianas, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).O consumo de carne, mesmo que ainda seja expressivo, tende a diminuir, o que comprova a pesquisa do The Good Food Institute, que revela que 49% da população brasileira já reduziu a ingestão de carne nos últimos meses.

 

Com isso, os campeões de substituição de produtos derivados de animais são os legumes, verduras e grãos, com adesão de 47% dos entrevistados. Além disso, 39% dos respondentes já dizem substituir a carne por alimentos mais saudáveis, no mínimo, três vezes por semana.

 

Dessa forma, abrem-se novas oportunidades para os produtores rurais e grandes empresas do setor, que buscam apostar em  novas tendências de consumo para não ficarem obsoletas e que visam repensar o modelo de negócio.

 

Como o agronegócio se beneficia?

 

Com a expansão do mercado plant-based, produtores e indústria têm grandes oportunidades pela frente, principalmente o agronegócio brasileiro, que ocupa um lugar de destaque na produção de alimentos no mundo. Além disso, o setor agrícola se tornou ainda mais potente ao lançar, em 2019, diversos produtos com ingredientes vegetais

 

Ao analisar por essa perspectiva, o setor agrícola pode se privilegiar em relação à crescente demanda por produtos à base de vegetais e plantas, estando principalmente alinhado ao que os consumidores procuram, aproveitando essa procura para vender mais. Além disso, o mercado brasileiro sai na frente em relação à produção mundial de grãos, no qual já é líder, e produz proteínas e ingredientes de origem vegetal. 

 

Dessa forma, produtores de soja, ervilha e outros grãos levam uma grande vantagem com o crescimento desse mercado, justamente por ser a composição básica dos produtos plant-based.

 

Outro ponto interessante é a preocupação dos consumidores em relação aos alimentos ingeridos, que cresceu durante a pandemia. Hoje, as pessoas buscam comer melhor, com mais qualidade e de forma mais saudável, pois entendem que a alimentação também contribui para uma melhor qualidade de vida. 

 

Uma pesquisa realizada pela consultoria Opinaia revelou que, em 2020, a predisposição para o consumo de produtos derivados de plantas foi de 89% dos sul-americanos entrevistados e o Brasil ocupa o primeiro lugar de consumidores interessados neste tipo de alimentação, com índice de 90%.

 

Desafios do mercado plant-based

 

Apesar de ótimas perspectivas de crescimento para o setor e inúmeras possibilidades para produtores rurais, o mercado plant-based ainda precisa superar alguns desafios. O principal deles é o custo, pois, enquanto uma carne à base de vegetais custa em média R$18, é possível encontrar  opções mais acessíveis de carnes de base animal.

 

Contudo, esse fator não é um empecilho para investidores e também para consumidores que, segundo a pesquisa do The Good Food Institute, 30% dos entrevistados estão dispostos a pagar mais caro por  um alimento com  aditivos naturais ao invés de artificiais. Além disso, Christian Wolters, investidor anjo de empresas veganas, ainda afirma que, muito em breve, as carnes plant-based serão mais baratas que os produtos de origem animal.

 

Apesar do grande crescimento do mercado a base de vegetais e plantas, a produção ainda não é a mesma em comparação com produtos animais. Com isso, ao aumentar a demanda, consequentemente, a produção também aumenta e o produto fica mais barato, democratizando a comercialização e se tornando mais competitivo no mercado.

 

A alimentação plant-based ainda possui um grande espaço para crescimento e desenvolvimento dos produtos e, por isso, os produtores rurais e empresas ligadas ao setor devem acompanhar de perto as novas tendências desse mercado, bem como os novos hábitos de consumo.

 

Agora que você já sabe mais sobre a alimentação plant-based e as oportunidades de mercado, acompanhe também o nosso blog e siga as nossas redes sociais, InstagramFacebook, para ficar informado sobre o agronegócio no país. 

 

Por Thais Rodrigues*

*Estagiária sob supervisão de Isabela Azi

 

FONTES:

 

CNN – https://www.cnnbrasil.com.br/ 

Portal do Agronegócio – https://www.portaldoagronegocio.com.br/ 

Globo Rural – https://revistagloborural.globo.com/ 

Summit Agro – https://summitagro.estadao.com.br/ 

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