A utilização dos defensivos agrícolas se tornou benéfica para os produtores rurais em suas lavouras. Contudo, é preciso seguir as melhores práticas e ter cuidado para evitar acidentes. Veja como fazer!
No campo, um dos fatores que potencializam os resultados da fazenda é a tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas. Se engana quem pensa que estes produtos utilizados na fazenda servem apenas para afastar fitopatógenos. Eles são utilizados também para conferir qualidade na operação e segurança para o processo.
Contudo, a aplicação vai muito além de distribuir o produto em toda área plantada, é preciso estratégia, conhecimento e também bons produtos para garantir o sucesso da aplicação. Utilizar um tamanho de gota errado ou aplicar o produto em condições climáticas desfavoráveis pode prejudicar, e muito, a operação, não trazendo os resultados desejados e gerando mais custos.
Além disso, o produtor rural precisa garantir a segurança no manejo do agroquímico, desde o seu armazenamento até a operação, certificando que não oferece riscos para sua equipe e que todos os cuidados com o produto estão sendo atendidos para reduzir os acidentes no campo.
Neste blog post, você vai saber mais sobre a tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas, aprofundando sobre as melhores práticas e também nos cuidados necessários ao manusear os produtos químicos, como fazer a armazenagem destes produtos de forma eficaz, segura e sem trazer nenhum risco ambiental e humano.
Por que utilizar a tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas?
O Brasil é um dos maiores consumidores de agroquímicos mundiais e eles estão presentes nos custos de produção agrícola. A título de comparação, no Mato Grosso, os produtores de soja gastam 20% de todo o investimento na lavoura com estes produtos. Diante desse cenário, não basta apenas aplicar, é preciso ter cautela e estratégia para obter o melhor rendimento.
Para isso, a tecnologia de aplicação de defensivos agrícolas é importante, pois aplica conhecimentos científicos, considerando diversos fatores, que focam no posicionamento adequado do produto para que chegue até o alvo. Um dos benefícios é a economia de produto, já que minimiza as perdas e proporciona proteção, reduzindo as chances de contaminação do solo e produto.
Com isso, você ganha mais efetividade na operação e quem não gosta disso, não é mesmo? Por isso, quando você aplica estes conhecimentos, aumenta a qualidade da operação. Mas como fazer isso? Veja algumas boas práticas no próximo tópico.
Quais as boas práticas na aplicação de defensivos agrícolas?
Assim como em outras etapas da produção, seguir boas práticas é importante para fomentar os resultados que você quer alcançar, o mesmo acontece na aplicação de defensivos agrícolas. Veja abaixo o que contribui para sua efetividade:
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Receituário
Cada agroquímico possui suas particularidades que servem para determinada ação e tem compostos distintos. Por isso, é importante ter a prescrição do produto, emitida por um profissional, que envolve todas as recomendações para a aplicação do defensivo agrícola. Com ele, você obtém todas as instruções para realizar a operação, incluindo os equipamentos de segurança.
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Regulagem da máquina
Outro fator importante é se atentar na regulagem dos itens do pulverizador, como os bicos para que as gotas caiam na densidade e tamanho adequados, de acordo com a cultura, a velocidade da aplicação e a altura da barra.
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Calibração
No momento de regular a máquina, é importante também fazer a calibração, já que o volume de aplicação precisa estar adequado. Quando isso não ocorre, o alvo pode não ser atingido ou causar escorrimento do produto, tornando a aplicação ineficiente.
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Tamanho das gotas
Outra variável que influencia na aplicação de defensivos agrícolas é o tamanho das gotas. Deve-se considerar os fatores climáticos, tipo de produto a ser utilizado e o modo de ação.
Em dias quentes, por exemplo, se a gota for menor, corre o risco do produto evaporar antes de atingir o alvo desejado, aumentando a deriva. Além disso, a escolha do adjuvante, que precisa ser de qualidade, também auxilia em uma boa cobertura foliar para ter mais eficácia.
Quais os cuidados necessários ao manusear os agroquímicos?
Todos os agroquímicos vendidos no mercado são classificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de acordo com o seu grau de toxicidade. Com isso, o manejo, independentemente do grau, precisa ser considerado desde o momento que o produto chega a fazenda até a utilização e, principalmente, após a operação.
Além de exigir condições ideais para o transporte, é essencial pensar no armazenamento do produto, cuidados que vão além da aplicação. Para armazenar qualquer produto químico, o produtor rural primeiramente precisa da seguinte documentação:
- Alvará ou Licença de Funcionamento da Prefeitura;
- Anotação de Responsabilidade Técnica;
- Certificado de Vistoria do Corpo do Bombeiros;
- Cadastro Técnico Federal Ambiental;
- Licenças Ambientais.
Estes são alguns documentos exigidos, mas o volume pode variar conforme as normas de cada estado. Outro ponto relevante é pensar em toda a infraestrutura de armazenagem do para evitar que produtos que apresentam incompatibilidade química fiquem juntos, evitando a contaminação cruzada de agroquímicos.
Além disso, o produtor deve manter uma organização quanto a entrada e saída desses produtos, pois tudo precisa estar registrado, seja numa planilha ou em algum sistema. Atente-se também em relação às recomendações do fabricante e a legislação.
Outro fator importante é sobre a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI’s) no momento de aplicar o produto. Luvas, boné, viseira facial, máscara, jaleco e calça hidro-repelentes são alguns dos acessórios obrigatórios para evitar acidentes, como intoxicação por inalação do produto químico, por exemplo. Antes de iniciar a operação também é importante checar a integridade dos equipamentos de proteção.
Ao pensar na aplicação de defensivos agrícolas, é importante ter uma estratégia se você quer alcançar um bom desempenho, por isso é relevante analisar todos os fatores discutidos ao longo do texto.
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Estagiária Thais Moreira*
*Sob supervisão de Isabela Azi
FONTES:
Summit Agro – https://summitagro.estadao.com.br/
Siagri – https://www.siagri.com.br/
Boas Práticas Agronômicas – https://boaspraticasagronomicas.com.br/
Aegro – https://blog.aegro.com.br/