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COOPERATIVAS AGRÍCOLAS: COMO FUNCIONAM E QUAL SUA IMPORTÂNCIA?

As cooperativas agrícolas ganham destaque no meio agrícola e são um modelo de organização que beneficia pequenos produtores rurais. Veja como funcionam e o seu papel!

 

Como a alta competitividade de mercado e a crescente concorrência, muitas vezes pequenos agricultores não conseguem competir com grandes proprietários de terra, seja pela produção e preços ou pela  dificuldade em acessar o mercado. Por isso, o surgimento das cooperativas agrícolas são estratégicas para o meio rural.

 

O cooperativismo agrícola funciona como uma rede de apoio, em que se cria uma sociedade de agricultores que se unem por um interesse em comum. Nela, todos exercem um papel importante para garantir os benefícios para os membros, além das responsabilidades individuais de cada produtor.

 

Esse novo modelo tem dado tão certo que as cooperativas agrícolas têm ganhado cada vez mais espaço no agro. Segundo a Forbes, dentre as 50 empresas rurais mais bem sucedidas do agronegócio brasileiro, 15 são cooperativas. Isso demonstra que quando os agricultores se unem, conseguem obter vantagens competitivas e se manter presentes no mercado.

 

Neste artigo, você vai ler sobre as cooperativas agrícolas, aprofundando um pouco sobre o seu conceito e como funciona, destacando também as vantagens para os proprietários rurais e também os tipos de cooperativismo agrícola existentes.

 

Afinal, o que são as cooperativas agrícolas?

 

Vamos pensar em um exemplo prático: três agricultores com atividades similares que sentem dificuldade em inserir seus produtos no mercado e não possuem investimentos para alavancar o empreendimento rural. Imagine que eles se juntam, a partir de objetivos e interesses em comum e se tornam mais fortes no mercado. Com isso, ganham competitividade e crescem economicamente. 

 

As cooperativas agrícolas atuam com harmonia para guiar o pequeno e médio produtor em seus objetivos, obtendo vantagens que, sozinhos, seria difícil alcançar, além de garantir melhores oportunidades para todos. Algumas linhas de crédito que fazem parte do Plano Safra, também têm condições e recursos destinados a cooperativas, assim os produtores também conseguem investir em sua fazenda.

 

No cooperativismo agrícola, a igualdade deve ter a base da associação, pois todos os membros devem ter direitos e deveres iguais. Por isso, se ajudam em relação à produção, armazenamento e logística, por exemplo. Mas como funcionam na prática? Leia mais sobre isso no próximo tópico.

Como funciona o cooperativismo rural?

 

Você já sabe que  as cooperativas agrícolas funcionam por meio de um objetivo em comum entre todos os associados, como de se destacar no mercado. Contudo, não são apenas os lucros e as vantagens que são divididos entre todos, é preciso compartilhar também as responsabilidades e, por isso, todos desempenham um papel importante dentro da cooperativa. 

 

No cooperativismo agrícola, a produção dos associados é concentrada e beneficia o produtor ao dividir com os outros membros os custos de armazenamento e logística. A competitividade ao produzir um volume maior e a possibilidade de  negociar preços também são vantagens. Em consequência os produtores adquirem  novos clientes e parceiros comerciais, além de obter  melhores condições com fornecedores.

 

Com isso, o pequeno e médio produtor consegue se inserir melhor no mercado, melhora o relacionamento com fornecedores e, claro, tem participação econômica em seu setor. O modelo tem chamado atenção por suas vantagens e hoje soma mais de 1.200 cooperativas agrícolas, com mais de 900 mil  associados, um passo importante para fortalecer também os pequenos empreendimentos agrícolas.

 

Para o produtor que deseja fomentar o desenvolvimento tecnológico em sua fazenda,  as cooperativas também são uma ótima alternativa para isso, pois conseguem disseminar a cultura da inovação entre seus associados. Veja no próximo tópico os principais tipos de cooperativas agrícolas existentes.

 

Quais os tipos de cooperativas agrícolas existem no Brasil?

 

Com a importância do modelo cooperativo dentro do agronegócio brasileiro, é necessário também classificar os tipos existentes como forma de organização vertical dessas cooperativas, focando na competitividade e também na escala dos seus negócios. Conheça abaixo as principais classificações conforme a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB):

  • Cooperativas Agropecuárias

O ponto central deste modelo é o foco na cadeia produtiva e, por isso, concentram diversas atividades como agricultores, pecuaristas e pescadores, reunindo os serviços dos seus associados.

  • Cooperativas de crédito

Quer um empréstimo para investir na sua fazenda? As cooperativas de crédito podem ser uma ótima opção, ao reunir a poupança de seus associados e atuar para benefício destes, realizando empréstimos com juros inferiores em comparação com os bancos. Por ter uma relação mais forte com o dinheiro, elas estão sujeitas às normas do Banco Central e Sistema Financeiro Nacional.

  • Cooperativas de produção

Diferentemente dos outros modelos de cooperativismo, nas de produção todos os meios de produção são explorados pelos associados e, com isso, tudo o que é produzido pertence à cooperativa e são de propriedade coletiva.

 

Ao todo são mais de 10 tipos de cooperativismo existentes no Brasil. Veja abaixo quais as vantagens de inserir o seu negócio em uma cooperativa agrícola, além dos benefícios demonstrados até agora.

 

Por que participar de uma cooperativa agrícola?

 

Hoje, o cooperativismo agrícola também tem trabalho para ganhar destaque nos três poderes, representados pela OCB, que prevê pautas específicas para este modelo, como a adoção de sistemas eletrônicos e a definição de um modelo de recuperação judicial adequado ao contexto das cooperativas. 

 

As cooperativas agrícolas também ajudam a movimentar a economia no campo e também amplia a participação dos pequenos produtores no mercado, abrindo espaço para a diversidade. Veja os principais benefícios:

  • Focado em benefícios

No contexto das cooperativas, os benefícios estão acima dos lucros obtidos. Os  membros se ajudam e também se fortalecem para serem mais competitivos em mercados maiores, conseguindo escoar seus produtos e serviços para parceiros comerciais.

  • Agrega no conhecimento

Além da rede de apoio, este modelo também proporciona troca de experiências entre os membros, além de assessoria técnica, que muitos deles possuem. Auxiliam os produtores associados em sua inovação tecnológica e outros desafios. Com isso, é fortalecido também o senso de comunidade, pois  precisa existir um apoio mútuo para poder crescer.

  • Redução de custos

Na produção agrícola, a redução de custos faz toda a diferença no bolso do empreendedor rural. Por isso, a redução de custos é outro fator atrativo para se associar em uma cooperativa. Ao adquirir maiores quantidades de insumos, é possível negociar com os fornecedores e também obter certas vantagens, como descontos. 

  • Participação equitativa

Assim como cada membro tem suas responsabilidades e papéis dentro das cooperativas, eles também participam de forma equitativa nos resultados gerados, sendo mais democráticos e um importante instrumento para fortalecer a economia local.

 

As cooperativas agrícolas tem muito a agregar nos negócios rurais e também no agronegócio brasileiro como um todo, contribuindo também para gerar mais renda para as famílias e empregos, mesmo que de forma indireta.

 

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Por Thais Rodrigues*

*Estagiária sob supervisão de Isabela Azi

 

FONTES: 

 

Broto – https://blog.broto.com.br/ 

Summit Agro – https://summitagro.estadao.com.br/ 

EOS – https://eos.com/pt/

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